quarta-feira, 1 de abril de 2009

Jornalismo: Uma aula de história

A Gazeta de Lisboa foi o primeiro periódico português publicado em Lisboa, em 1641, durante o reinado de D. João IV./ O Correio Braziliense é considerado o primeiro jornal brasileiro e circulou de 1 de junho de 1808 a 1 de dezembro de 1822.

Erick Paytl

Apesar de já ter surgido no oriente, foi na Europa que a imprensa consolidou seu objetivo apenas vinculado com a impressão. Dentro do século 15, em meio a um período de transição do sistema feudal para o capitalista, que o jornalismo de serviços encontrou seu espaço. Nessa transição, houve uma série de transformações, entre elas um excedente populacional, uma complexidade cada vez maior no comércio e um número crescente de pessoas que começaram a se dedicar à escrita e a numeração para adquirirem conhecimento comercial. O jornalismo de serviços passou, então, a exercer diversas funções, entre elas, a de informar a população sobre os recentes acontecimentos e a de guiar os comerciantes em suas relações mercadológicas. O jornalismo caminhava junto com o capitalismo, ou seja, ao passo que o capitalismo se desenvolvia, a necessidade por informar tornava-se cada vez maior, a população se aglomerava e surgiam as cidades, onde a imprensa conseguiria maior divulgação e investimentos.

Apesar de o jornalismo ser escrito e os letrados da época serem compostos, em sua maioria, pela elite, não se pode dizer que o jornalismo de serviço era elitista, pois, se por um lado, os letrados conseguiam informações através da escrita, os não-letrados conseguiam se informar pela oralidade. Vale ressaltar ainda que aquele jornalismo de serviços sofria, na época, censura das classes dominantes, ele não surgiu numa sociedade democrática, mas num regime absolutista em que tudo que era escrito tinha intensa influência religiosa, influência essa que ainda estava começando a decair junto com o absolutismo. Logo, o jornalismo demoraria a surgir através do seu veículo principal – o jornal.



Jornalismo de serviço

A evolução tecnológica contribui para a rapidez e facilidade no acesso às informações.


Marcello Ferreira


Ao longo do tempo, o jornalismo, desempenhando sua função de informar, configurou o que chamamos de Jornalismo de Serviço. Essa caracterização se deu pelo fato do jornalismo assumir a prestação de serviço de utilidade pública com as notícias e informações que compõem esse universo.

Essa configuração de utilidade pública é algo que não tem como se desvincular do jornalismo. A propagação da informação (que é a razão da existência do jornalismo) é em si, uma prestação de serviço e isso podemos ver em diversas editorias de um jornal, como por exemplo: economia, cotidiano, política, cultura, educação, ciência e outros. Tais editorias possuem informações úteis que orientam, indicam, esclarecem e até ensinam os receptores, facilitando a vivência prática e ajudando a fazer escolhas e resolver problemas. Não importa o assunto e nem mesmo se a matéria publicada, que traz alguma utilidade ao público, apenas informará ou formará opiniões. Isso significa que o jornalismo de serviço não possui gênero e categoria determinados.

Com a circulação das informações úteis ao público, as pessoas buscam cada vez mais alcançá-las para gerar conhecimento. Colaborando para isso, as pessoas têm ao seu favor a tecnologia. A evolução tecnológica contribui para a rapidez e facilidade de acesso às informações, seja pela televisão, rádio, internet e mesmo os impressos (que têm apresentado mais dinâmica em seus veículos) e pelas ferramentas de busca que se apresentam de forma prática. Com tudo isso é possível obter de forma mais fácil e eficiente as informações e aplicá-las em técnicas e gerar o saber.

Não podemos negar que o jornalismo de serviço somado à tecnologia de seus meios e veículos, tem causado a praticidade na vida das pessoas e o exercício da cidadania.

O porquê de "Informe Parasita"...

Erick Paytl


A idéia do nome surgiu de uma metáfora. O parasita é, biologicamente, um organismo que vive dentro de outro - o hospedeiro – obtendo dele seus nutrientes. Ele explora, vive a custa de alguém. A metáfora consiste em representar a informação como o hospedeiro e o jornalista como o parasita. A idéia aqui não é de que este “parasita” necessariamente seja prejudicial, mas sim que ele explore o melhor de seu hospedeiro – a informação. O jornalista é assim, vive pela informação, interage com ela, vive buscando o melhor do conteúdo informativo para se comunicar com seus interlocutores.